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Quando me perguntam o que aprendi em 2020, respondo: Aprendi a Aprender.

São inúmeros os aprendizados durante este período e vou compartilhar alguns deles.


O que vivemos nos últimos meses foi uma experiência coletiva sem precedentes na história da Humanidade; e eu acredito que vamos passar muito tempo ainda tentando entender como fomos modificados por ela.

São inúmeros os aprendizados durante este período e vou compartilhar alguns deles. 

Aprendi a Descartar.

Aprendi que é importante distinguir o acessório do que realmente importa; que é sempre possível amar mais e demonstrar o amor pela família, amigos, clientes, conhecidos e desconhecidos, com a perspectiva de um mundo melhor e mais fraterno.

Aprendi que o tumulto das nossas atividades do dia a dia pode nos limitar o olhar e, muitas vezes, nos distrair do foco daquilo que realmente importa.

Sim, precisamos diariamente fazer um exercício de priorização.

Aprendi que Isolamento Social não significa distanciamento emocional, porque podemos estar perto emocionalmente, mesmo estando longe fisicamente.

Aprendi que certas discussões não valem uma única gota da nossa energia, porque o mundo binário não é um mundo justo e fraterno; que há tempo de sobra e eu o usava de forma distraída.

Também aprendi que a vida é mais efêmera do que eu imaginava, e a única certeza real é a impermanência.

Descobri que minha amada Resiliência ganhou ainda mais importância, e meu conhecimento sobre o tema foi mais compreendido e vivenciado, o que possibilitou o fortalecimento emocional de muitas pessoas pelo Brasil.

Aprendi que a compaixão é um sentimento que nos coloca em ação, e com a nossa ação, com a nossa atitude podemos melhorar o mundo.

Aprendi que aprender diariamente é uma escolha, e quem ignorou este preceito ficou obsoleto em um curto espaço de tempo.

Aprendi que a diversidade é a maior catalisadora de inovação do mundo, e que precisamos misturar para melhorar; que circunstâncias extremas não se resolvem com a lógica e o bom-senso do dia a dia, e que cada nova situação nos exige novas reflexões e correções de rota.  

Aprendi a fazer coisas que antes da pandemia eu jamais imaginava fazer como: cozinhar, cortar o cabelo do meu marido, fazer meditação, logo eu a pessoa mais acelerada que conheço, meditando e desenvolvendo minha espiritualidade, tô bem orgulhosa de mim..

Embora eu trabalhe desde 2012 com cursos na modalidade EAD, eu aprendi, neste período, a fazer as entregas do meu trabalho, seja de uma palestra, cursos, workshop ou mentorias via on-line e deu certo.

Na minha avaliação, este ano inaugurou um novo direcionamento, porque durante décadas, venderam-nos a ilusão de que só dependíamos de nós mesmos; hoje, damo-nos conta do valor da Interdependência, de aceitar que dependemos uns dos outros e de exercitar a gratidão, mesmo quando aparentemente não haja motivos. 

Aprendi que a luta contra o racismo, aqui no Brasil não vai acabar de uma hora para outra, porque o racismo está cristalizado no DNA do nosso país e isso exige de cada um de nós ainda mais energia para cobrarmos um compromisso e políticas afirmativas de igualdade racial.  

Eu aprendi que o nosso país está muito carente de lideranças que entendam que a sociedade demanda uma nova perspectiva, e por que não dizer de um novo posicionamento ou até mesmo de um novo jeito de fazer o que já era feito, onde a ética não fique em segundo plano.

Eu aprendi que o protagonismo feminino é um processo e não um evento e isso exige muito a prática da sororidade e se você não sabe o seu significado, busque o quanto antes saber e praticar a sororidade.    

E, no meu trabalho, eu aprendi que deixamos de viver num mundo ordenado e agora vivemos em um mundo complexo, onde as lideranças organizacionais precisam se dar conta que hoje, há mais perguntas do que respostas e isso exige muito mais colaboração, co-criação, confiança e uma grande dose de humildade e resiliência.

Eu aprendi que existe heróis humanos e eles estão trabalhando nas mais diferentes áreas de atuação.

Aprendi que a era de aquário está começando e que ela traz um novo tempo de mais igualdade, solidariedade e fraternidade.   

Eu aprendi que passar o Natal distante da minha família é possível, mas é bem sofrível, porque estar longe, especialmente da minha mãe, é uma experiência muito triste porque eu passo meses esperando para receber o abraço dela e sentir o cheiro que só a Dona Iracema tem.

Aprendi que esperar 2021 não é suficiente. 

 

Porque temos que refletir, reimaginar e redefinir nosso mundo;  e só assim conseguiremos doar o melhor de nós mesmos.

 

Que venha 2021, o ano que denominei de Ano da Esperança!

E, você. O que você aprendeu em 2020?