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Soft Skills e o futuro do Trabalho

Antes de começar a falar sobre soft skills, preciso deixar claro para os que me prestigiam lendo meus textos, participando das minhas palestras e treinamentos e ouvindo meus Podcasts, que o meu entendimento de futuro difere da maioria das pessoas.


Entendo o futuro como um presente constante, conceito criado por Santo Agostinho, um dos mais importantes teólogos e filósofos de todos os tempos. E por que penso o futuro como o agora? A resposta é bem simples: evito postergar aquilo que devo cumprir. E como acredito que a competência que mais falta ao profissional brasileiro é a disciplina, parto do pressuposto que, ao usarmos a expressão futuro, a grande maioria das pessoas enxergam este futuro muito distante, quase inalcançável, e isso, para mim, é um ato de preterir nossas responsabilidades e compromissos.

O futuro-presente do trabalho nos traz uma novidade disruptiva. Entramos na era da quarta revolução industrial, com mudanças tecnológicas (robótica, genética e impressão 3D), que vão cada vez mais impactar o mercado de trabalho, e não precisamos ter visto filmes de ficção científica para percebermos em nosso dia a dia como a tecnologia está alterando o modo de trabalharmos e, inclusive, de convivermos em sociedade.


 
Para termos um dado de realidade mais significativo, segundo o Fórum Econômico Mundial, 65% das crianças que frequentam as escolas hoje, vão trabalhar futuramente em funções ainda não existentes devido ao processo de automação que crescerá exponencialmente.

Mesmo com todas as mudanças que estão acontecendo, faz-se necessário olharmos para questões significativas e pontuais que estão mudando o cenário organizacional para melhor.

Percebo que aonde eu vá trabalhar, seja na iniciativa privada ou instituições públicas, noto um movimento mais inclusivo, e que as equipes estruturadas com foco na diversidade são mais produtivas e tendem a ser mais inovadoras; isso traz melhores e maiores resultados de sinergia e financeiros para as organizações.

Especialmente nas empresas de tecnologia, vejo com maior ênfase que elas estão mesclando nas equipes profissionais de diferentes culturas, nacionalidades, raças e idades para criarem produtos mais inclusivos, amplos, refletindo em maiores vendas. O Google é um exemplo disso. O Projeto Aristóteles estudou suas equipes mais inventivas e que traziam mais inovações, para entender suas características. Ficou evidenciado que os times que mais traziam vantagens competitivas eram os times compostos por profissionais com perfis mais diversos, ou seja, os times inclusivos  que produzem mais e melhor.  

google

Também é relevante destacar que o processo de recrutamento e seleção de profissionais, especialmente em grandes empresas, analisa Hard Skills (habilidades técnicas) e Soft Skills (habilidades comportamentais).

Por que estou ressaltando a importância de desenvolvermos Soft Skills?  Simples, as mudanças tecnológicas estão nos proporcionando um admirável mundo novo, onde muitas profissões deixaram de existir em curto espaço de tempo; se queremos manter a nossa empregabilidade, precisaremos desenvolver e potencializar Soft Skills, como: resiliência, empatia, transparência, senso de comunidade, criatividade e senso de experimentação. E ao ler sobre o Projeto Aristóteles, feito pelo Google, percebo que times inclusivos, necessariamente são times com maior aporte comportamental, em decorrência da própria diversidade.

Cada vez mais se fará necessário desenvolvermos nossa flexibilidade cognitiva e emocional, e isso implica dizer que ambientes organizacionais alicerçados na diversidade vão oportunizar melhores resultados nos quesitos inovação, eficiência, produtividade, ganhos financeiros e sinergia.   

Os ambientes organizacionais precisarão ser mais colaborativos e multidisciplinares, e isso nos exige aporte emocional bem estruturado, em que mi-mi-mi não tem espaço, e a convivência estreita e próxima exigirá de nós flexibilidade de comunicação e relações interpessoais robustas, com diálogos produtivos e propositivos. A resiliência, notadamente, é a competência que estrutura o combo das habilidades interpessoais, porque parte do autoconhecimento para que o indivíduo consiga lidar melhor sob pressão.
Apaixonada pelo tema resiliência, sugiro que você leia o texto escrito por mim sobre a importância da resiliência na minha vida. Artigo completo: https://www.jolima.com.br/blog-pg/,,1/resiliencia

A independência de pensamento e ação será cada vez mais um diferencial para as organizações conseguirem desenvolver times com foco em liderança, que não sofram do efeito manada, que de fato se posicionem sem terem medo de sofrer isolamento social, porque o que chamamos popularmente do efeito “Maria vai com as outras”, não proporciona nas equipes crescimento pessoal. Precisamos ter cada vez mais a prática da escuta ativa, ou seja, ouvir os outros tentando compreendê-los para de fato construirmos novas possibilidades e ganhos de sinergia em time.

Liberdade de Pensamento

Precisamos romper a bolha das verdades absolutas e adotar conduta mais criativa e de aprendizado constante. O nosso senso de experimentação nos oportunizará novas formas de enxergarmos o mundo e de conviver em equipe de forma mais harmoniosa. Muito se fala de que precisamos exercitar mais a nossa empatia; neste aspecto eu discordo, porque na minha percepção o que de fato está nos faltando é o exercício da compaixão, que vai muito além da empatia; em verdade ninguém consegue sentir a dor dos outros; nós podemos nos esforçar para sentir, mas o sentimento é singular e único. Cada pessoa vê e sente de acordo com suas crenças e valores, por isso que para mim a compaixão deve ser melhor compreendida e vivenciada, porque o nosso altruísmo precisa ser ativado para de fato constituirmos uma família sólida e bem estruturada, uma empresa que tenha compromisso social e ambiental, uma sociedade que seja mais justa e dê mais espaço à meritocracia.  

A sua resiliência e capacidade de adaptação serão seus principais atributos para que você se reinvente e mesmo quando estiver vivenciando momentos difíceis, possa fazer do limão uma boa e gostosa limonada, porque uma coisa é certa, as melhores conquistas não vêm de bandeja, elas só acontecem mediante esforço.
Mantenha-se no Caminho do Bem!   

Jo Lima

Conferencista nacional dos temas Resiliência, Gestão de Equipes, Liderança e Coaching,
Desenvolvimento de Equipes de Alta Performance, Desenvolvimento de Competências Individuais e Atendimento ao Público.

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