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Carreira: construção de vida

Só quem tem uma carreira profissional da qual se orgulha sabe o sentimento de amor que nutrimos por aquilo que fazemos


*Por Jo Lima
Publicado em, 30 março de 2021

Só quem tem uma carreira profissional da qual se orgulha sabe o sentimento de amor que nutrimos por aquilo que fazemos. Amar o nosso trabalho é motivo de celebração, porque reconheço que pouca gente pode dizer verdadeiramente que ama o que faz. Eu me orgulho de estar no time das pessoas que desde cedo encontrou sentido e amor na sua vocação, que no meu caso é ensinar.

Amo trabalhar, cada trabalho que tenho é encarado como fonte de vida e quero aqui contribuir com a minha experiência para sensibilizar mais pessoas a repensar o desafeto quanto ao trabalho e a construção de sua carreira.

Um ponto primordial que começo a destacar é que uma carreira exitosa não é linear, não é construída por espasmos, ficando poucos meses em uma empresa, outros poucos meses em outra e assim por diante. Uma carreira exitosa é sinuosa, tem altos e baixos, tem muitos desafios e quem tem fôlego curto e resiliência pequena, com certeza não consegue nutrir um sentimento positivo por ter que acolher desafios, por ter que fazer escolhas difíceis, por ter que se reinventar diariamente, ressignificar suas crenças e valores, por ter que fortalecer a sua ética diante dos testes morais que deverá passar durante a sua trajetória profissional, por ter que muitas vezes dizer não para a diversão, simplesmente porque escolheu para si construir uma carreira profissional que dê orgulho.

Viver é uma arte e construir uma carreira profissional exitosa também exige muito de arte, e ninguém se torna “Ninja triple A” (expressão que uso nos meus cursos e palestras para denominar pessoas de alta performance) sem que saiba trabalhar em equipe, sem ter uma forte resiliência, porque o caos permeia a carreira profissional das pessoas de alto desempenho. Os desafios vão aumentando e os testes emocionais vão subindo.

Outra questão relevante a se considerar é que, especialmente quando trabalho com equipes de pessoas bem jovens, algumas delas me dizem que serão boas quando tiverem fazendo aquilo que elas querem de fato fazer, quando elas tiverem concluído uma graduação ou quando estiverem trabalhando em determinada empresa que é sua fonte de desejo profissional. Ledo engano, nós começamos a construir uma carreira sólida quando ainda estamos numa etapa de menor aprendiz, quando somo estagiários, quando somos contratados como freelancer. O que eu quero dizer com isso é que a nossa intenção, a nossa força de vontade e o desejo genuíno em fazer o nosso melhor, deve estar sendo potencializado dentro de nós desde os nossos primeiros passos profissionais. Não podemos esperar chegar lá para passarmos a agir com engajamento, com senso de dono e comprometimento.

Sempre falo nos meus cursos e palestras que tenho dificuldade de lidar com pessoas que se economizam, que só fazem o que lhe é solicitado, que pensam que foram contratados para trabalhar de tal hora a tal hora. Isso para mim é postura de pessoas desistentes, que muitas vezes têm grandes ambições, mas que não se dão conta que quando nós temos grandes metas, a nossa vida deve se encaixar na nossa meta e não o contrário, porque se agirmos assim, facilmente desistiremos.

A natureza de uma carreira profissional sólida consiste em ter autoresponsabilidade, senso de dono, autoconhecimento e fortalecimento emocional e aprendizado contínuo, porque onde quer que estejamos, levaremos a nossa história junto conosco. É importantíssimo as pessoas se darem conta que com o passar do tempo as pessoas sabem de nós, da nossa trajetória, da nossa ética e comprometimento, sem sequer ter nos vistos em algum momento da vida. Por isso é tão relevante a gente trabalhar numa empresa e ao sair da organização, deixar um legado de trabalho e convivência que nos orgulhe, deixando as portas desta empresa sempre abertas para um eventual retorno, porque uma coisa é certa, o mercado de trabalho é tão grande quanto uma ervilha, você dá uma volta e em breve vai rever ex-colegas e até pode passar muito tempo, mas vais revê-los ao longo da sua trajetória profissional.

Também considero que construir relações duradouras e sólidas é condição para uma carreira profissional ser consolidada. Além disso, pesquisas demonstram que 75% da recolocação de alguém no mercado de trabalho decorre das recomendações que a pessoa recebe de ex-colegas de trabalho. Isso diz muito, especialmente quando estamos passando por uma pandemia e ela está promovendo uma verdadeira revolução no mercado de trabalho, exigindo cada vez mais competências comportamentais, habilidades socioemocionais e muito de mente aberta e receptiva a novas ideias.

Se você hoje estiver trabalhando numa empresa que não tenha um plano de carreira estruturado para seus funcionários, não deixe isso te abater; faça você mesmo o seu plano de carreira, descreva onde você está e para onde você quer ir, quais as competências que você precisa desenvolver, quais aprendizados precisará internalizar e se dedique ao máximo, porque a responsabilidade de construir a carreira profissional é individual. Nenhuma empresa tem o dever de desenvolver a nossa carreira, somos nós responsáveis por isso e devemos abraçar este compromisso de corpo e alma. Força, foco e fé!

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