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Gestores: reeducar adultos é o plano.

Principal desafio organizacional que precisamos encarar.


As mudanças nos ambientes corporativos estão cada vez mais exponenciais. Com meu trabalho, atendendo a empresas privadas e a instituições públicas, observo, que na maioria das vezes, as estruturas organizacionais não estão preparadas para uma nova ordem no ambiente de trabalho, que diz respeito ao desafio organizacional de reeducar adultos. Isto mesmo; eu disse: reeducar adultos.

Isso porque estamos cada vez mais recebendo no mercado de trabalho, jovens que tiveram sua educação delegadas às escolas e pais pouco presentes na sua formação; isso impacta sensivelmente quando essa juventude começa a trabalhar.


 
Não que eu defenda que seja certo, mas quando ingressei no mercado de trabalho, a máxima que vigorava era: manda quem pode e obedece quem tem juízo.
Nas empresas ficava muito claro que tínhamos que saber lidar com o comando e controle. A disciplina nos exigia obedecer inclusive àqueles que não considerávamos como verdadeiros líderes na empresa em que estávamos trabalhando, mas eles tinham o comando e nós nos condicionávamos.

Em contrapartida, também precisamos ter em mente que o fato de ser jovem não atribui a ninguém a incompetência de saber trabalhar em equipe ou saber respeitar hierarquias, mas é fato que observo, de forma muito cristalina, o senso de urgência dos jovens, os chamados Milleniuns, (conceito) é mais urgente do que os jovens de outrora. E isso impacta substancialmente no seu entendimento do que é construção de carreira, porque ele acredita que precisa urgente crescer na sua organização, mesmo antes de ter um repertório que lhe possibilite progredir profissionalmente.

A progressão de carreira que acontecia num ciclo de competência de três a cinco anos, hoje é demandada em, no máximo, um ano e dois meses, abalando de forma substancial as ações de retenção de talentos nas empresas, porque se o jovem não perceber que rapidamente ele vai crescer na sua organização, facilmente toma a iniciativa de mudar de empresa e, muitas vezes, fica ao longo da sua trajetória, vivenciando ciclos muito curtos de trabalho, o que também impacta no desenvolvimento de uma carreira sólida.

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Os tempos podem ter mudado, mas uma coisa é certa, a carreira é uma construção de vida, mesmo que você mude de segmento de atuação. A carreira vai contigo para onde você for, e com o passar do tempo ela chega antes de você. Quero dizer que, com o passar do tempo, as pessoas já sabem do seu comprometimento, da ética e do profissionalismo mesmo antes de, sequer, conhecer você, e isso quer dizer que a disciplina continua sendo fator decisivo para o êxito profissional.

Leia sobre Liderança: https://www.jolima.com.br/blog/lideranca

Outra questão relevante é que vejo cada vez mais jovens com certezas absolutas mesmo antes de vivenciar os desafios organizacionais que a sua empresa propõe. Como trabalho muito com equipes que estão vivenciando Processos de Trainee ou em Estágios Probatórios, ouço muitos relatos do tipo: quando eu for o CEO desta empresa serei supercompetente; quando eu for presidente desta organização farei uma liderança transformadora. E ao ouvir esses relatos, penso que, especialmente entre os jovens, não está claro que liderança não é um cargo, e sim, uma postura de vida, e que a nossa carreira exige tempo para se consolidar, seja porque precisamos ter experiência profissional, seja porque carecemos de competência emocional ou pelas duas coisas. Também destaco que nós mostramos que somos íntegros e comprometidos desde quando somos estagiários ou estamos doando o nosso trabalho em troca de ampliar nossas experiências. Nós não precisamos de um cargo de gestão para liderarmos. É a nossa postura que nos torna uma liderança, em qualquer dimensão da nossa vida. 

Também preciso destacar, especialmente quando trabalho com equipes bem jovens, que muitos me perguntam se os profissionais mais maduros são resistentes às mudanças. Sempre respondo que a resistência às mudanças independem de idade, e podemos ficar obsoletos facilmente.

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Outra questão que também precisamos ter claro é que, assim como temos o desafio de educar os adultos jovens, do ponto de vista organizacional, também precisamos cada vez mais educar os adultos maduros para acolherem as novas formas de trabalhar, que cada vez mais passam a ser colaborativas, menos hierarquizadas, evoluindo para uma cultura de cooperação e em redes.

Dessa forma, a reeducação de adultos no âmbito organizacional deve acontecer para integrantes de qualquer idade, e é preciso destacar quanto mais diversidade de idade, pensamentos e ideologias, maior será o ganho de aprendizado para todos os integrantes do processo, porque Times lineares não são Times de êxito contínuo. A diversidade passa a ser  fator determinante para termos e desenvolvermos equipes de alta performance, que trabalhem a favor de toda a sua organização e não somente da sua área de atuação ou setor.

E isso exige muito de desenvolvimento comportamental e criação de ambiente organizacional salutar, produtivo e inovador; carece de aprendizado constante, que propicie convivências enriquecedoras para todas as pessoas sem qualquer distinção. 

 

Jo Lima

Conferencista nacional dos temas Resiliência, Gestão de Equipes, Liderança e Coaching,
Desenvolvimento de Equipes de Alta Performance, Desenvolvimento de Competências Individuais e Atendimento ao Público.

 

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